Um grupo de executivos de empresas do setor de tecnologia de Criciúma e região participou de uma visita técnica nas estruturas da área de inovação da Unesc, na manhã desta terça-feira (23/07). O encontro consolidou a quarta edição do Encontro CEO Tech, iniciativa criada pela Alfa Comunicação com o objetivo de fomentar conexões entre os protagonistas do segmento de software e hardware.
A Agência de Inovação da Unesc (Aditt) apresentou aos empresários o conjunto de programas criados para contribuir com organizações públicas e privadas, com ênfase aos projetos de pesquisa e desenvolvimento de produtos e inovações. O grupo conheceu o projeto Unesc Labs, um conjunto de laboratórios mantidos por empresas da região onde alunos bolsistas compõem uma equipe externa responsável por desenvolver projetos de inovações.
“A Unesc possui sua vocação voltada para o desenvolvimento regional com amplitude internacional. Abrir as portas da universidade para que o setor produtivo possa estar e se beneficiar com tudo o que a instituição tem a oferecer é o nosso compromisso. Acreditamos que a Unesc tem um reconhecimento que transcende a atuação local, uma vez que atuar em parceria com os empresários e empreendedores da região está na nossa identidade há muito tempo”, destacou a reitora Luciane Ceretta.
Na avaliação da pró-reitora de Pesquisa, Pós-Graduação e Inovação da Unesc, Gisele Coelho Lopes, a universidade possui um portfólio de soluções de alto nivel, alinhado às necessidades das organizações privadas e públicas. “Nossos programas e projetos de pesquisa, extensão e inovação são desenhados para apoiar a sociedade a responder de forma autônoma e gerar valor em tudo o que faz”, acrescenta.
As soluções atendem variados perfis de tamanho, modelo de negócio e maturidade de empresas, pontua a gerente de inovação da Aditt, professora Elenice Juliani Padoin Engel. “Qualquer problema que o executivo precise resolver em sua estrutura de negócio a universidade tem capacidade para resolver. Se não de maneira imediata, temos uma rede ampla em que podemos articular conexões que os ajudem a sanar quaisquer gargalos”, pontuou a gerente de inovação da Aditt Unesc, professora Elenice Juliani Padoin Engel.
Entre os empresários participantes, dois puderam compartilhar as experiências com Unesc Labs, onde vêm desenvolvendo soluções ao longo dos últimos dois anos: o CEO da Deps, Christoffer Medeiros e o CTO da Useall Software, Álvaro Brognoli. “Os primeiros algoritmos da nossa empresa surgiram aqui na Unesc, há mais de 20 anos, quando cursei Economia e tive a oportunidade de passar pela disciplina de Econometria. Desde então sempre acreditei na conexão entre universidade e empresas como a grande chave para o desenvolvimento de inovações, o que temos obtido dentro do Deps Lab”, afirmou Cristoffer.
Mais sobre os cases
Dentro do seu lab na Unesc, a Deps desenvolveu melhorias incrementais que foram colocadas em prática e os próximos passos devem representar desafios maiores para os alunos, projeta o CEO da empresa. “Além dos projetos desenvolvidos, a experiência tem sido muito boa, inclusive chegamos a contratar cinco estudantes que estiveram conosco no labs, pessoas que já entraram prontas para o trabalho. Isso tudo nos fez melhorar no processo de ensinar os novos colaboradores, então há resultados muito importantes na prática”, apontou.
O investimento no Useall Lab foi um ato inédito em mais de 20 anos de trajetória, contou Álvaro Brognoli, ao mencionar que a empresa não tinha conexões com instituições de ensino. “A programação acabou fluindo muito bem, desenvolvemos algumas melhorias incrementais e um aplicativo novo que está em homologação. Essa solução demandou estudar uma tecnologia nova, testes e todo o processo de documentação. A universidade nos deu apoio em todas as etapas”, frisou.
Projetos de inovação que unem universidade e empresas, em formatos como os que vem sendo desenvolvidos dentro da Unesc, já são uma prática em ecossistemas de inovação do Brasil e de países como os EUA e Portugal, frisou a diretora da Alfa Comunicação e Conteúdo, Andressa Fabris. “Nos últimos anos temos organizado e participado de missões empresariais que confirmam os benefícios dessa aproximação. As instituições de ensino, com o potencial das pesquisas, têm a capacidade de enxergar caminhos muito além e, ao aproximar-se delas, os negócios tendem a produzir soluções de fato disruptivas dentro dos seus mercados”, observou.