Quais as mudanças previstas na Previdência Social, como isto impactará a vida de cada um e quais as alternativas. Estas informações foram a base da palestra “Reforma da Previdência: e o nosso futuro, como fica?”, apresentada pelo especialista Leonardo Amattos. O evento foi realizado em Sombrio pela Unicred Sul Catarinense e reuniu cooperados do Extremo Sul de Santa Catarina. No encontro, o presidente da cooperativa de crédito Luiz Vidal Alves de Miranda e o diretor Marcelo Lima também apresentaram informações sobre desempenho da Unicred Sul Catarinense e da agência de Sombrio.
Leonardo Amattos apresentou um histórico da previdência no Brasil e explicou que hoje ela é sustentada por três pilares: o Regime Geral de Previdência Social (RGPS), aquele que atenderá aos trabalhadores da iniciativa privada; o Regime Próprio de Previdência Social, voltado a servidores públicos; e o Regime de Previdência Complementar, o que inclui a chamada previdência privada. Amattos mostrou ainda o porquê de a reforma da previdência ser necessária. “Em breve, teremos mais pessoas recebendo aposentadoria do que contribuindo”, simplificou, reforçando que esta perspectiva deixa o ambiente incerto para quem ainda vai se aposentar.
O regime mais abrangente, o RGPS, é o que poderá sofrer mais mudanças e as principais foram mostradas por Amattos. Hoje não há idade mínima para se aposentar, importando o tempo de contribuição, que deve ser de 30 anos para as mulheres e 35 para homens. Com a reforma, é definida a idade mínima de 65 anos e a aposentadoria por tempo de contribuição deixa de existir. O tempo mínimo para alguém requerer a aposentadoria também muda de 15 anos para 25 anos.
Diante do cenário incerto, a alternativa para um futuro mais seguro vem do Regime de Previdência Complementar, administrado pela iniciativa privada em dois modelos: Entidades Abertas de Previdência Complementar (EAPC), administradas por bancos e seguradoras principalmente, e Entidades Fechadas de Previdência Complementar (EFPC), constituídas por empresas, associações, sindicatos e cooperativas. Segundo Leonardo Amattos, as EFPCs costumam apresentar mais benefícios, como menores taxas de carregamento e administração.
O especialista da Unicred Sul Catarinense mostrou as vantagens do plano de previdência complementar administrado por entidade fechadas, como é o caso do Precaver, oferecido pela Quanta Previdência Unicred. Num plano de aposentadoria, faz-se reservas para renda futura, protegendo-se de riscos imediatos e criando uma cultura de poupança de longo prazo. As taxas são reduzidas e obtém-se uma rentabilidade diferenciada no longo prazo. Além disso, a previdência complementar oferece tributação diferenciada e, em caso de morte, não é incluído em inventário, passando diretamente ao herdeiro. Leonardo Amattos ressaltou que estas opções são complementares e não excluem a aposentadoria tradicional, dentro dos outros regimes. O especialista destaca ainda que o saldo acumulado irá variar de acordo com o tempo de contribuição e o valor mensal aplicado, mas que um planejamento pode ser feito com base na renda que a pessoa quer ter na aposentadoria.