O Centro de Inovação de Criciúma (Crio) recebeu, na manhã dessa sexta-feira, 13 de setembro, um debate sobre a “Lei do Bem na prática”. Realizado em comemoração aos 50 anos da FN&C, em parceria com a Domínio Tributário e com o apoio da Unesc e do Crio, o evento abordou o impacto da Lei no incentivo à pesquisa e ao desenvolvimento, destacando os benefícios fiscais proporcionados às empresas que investem em inovação tecnológica. No centro do debate estiveram o diretor financeiro da Smalticeram, Alesandro Scarabelot, a head de Benefícios de Inovação, Daiane Carvalho, o agente de Inovação da Unesc e CEO da Contare Tecnologia, Gustavo Bisognin, e o CEO da Librelato, José Carlos Spricigo.
Durante a apresentação, os dados sobre a Lei do Bem reforçaram a importância de políticas públicas que incentivem a inovação. Em 2022, os investimentos em projetos voltados à área chegaram a R$ 35,74 bilhões no Brasil, representando um aumento de 29% em relação ao ano anterior. Além disso, quase 3.400 empresas foram contempladas, com mais de 13.700 projetos submetidos à análise, resultando em uma renúncia fiscal de R$ 7,90 bilhões.
Na oportunidade, Bisognin refletiu sobre a importância da inovação para o crescimento das empresas. “Inovar é criar algo novo, disruptivo, mas não só isso. É também modificar produtos já existentes e agregar valor. Investir em inovação é fundamental, ou então, as empresas não conseguirão se reinventar”, ressalta. Ele também destacou o papel de Santa Catarina como destaque na área, com seus 14 centros de inovação e um grande incentivo ao fomento de novos projetos. “A Unesc não poderia ficar de fora desse movimento. Temos programas específicos de inovação que acompanham os estudantes desde os primeiros anos da escola até a pós-graduação, além de iniciativas para tornar as indústrias mais competitivas, por exemplo”.
O debate também evidenciou a informação de que as regiões Sul e Sudeste do Brasil lideram o movimento de inovação no país, com mais de 88% dos investimentos concentrados nesses estados. São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro ocupam as três primeiras posições no ranking de participação das empresas beneficiadas pela legislação. Spricigo conta que a Librelato investiu, somente no primeiro semestre de 2024, cerca de R$ 30 milhões. Destes, R$ 16 milhões foram voltados à inovação. “Cada um sabe como é a competitividade dentro do seu negócio. Se quiser ganhar melhor, é preciso produzir com menos e entregar mais para o cliente”, pontua.
Durante a manhã, os palestrantes também citaram exemplos de projetos já implementados, os benefícios conquistados e as formas com que o incentivo pode ser utilizado em diferentes segmentos da economia. “Nos dois primeiros anos que fizemos uso, não estávamos totalmente confiantes. Mas depois, quando percebemos as vantagens da Lei do Bem, o processo fluiu muito melhor. É uma construção, que quando vai amadurecendo, também vai aumentando o valor”, comenta Alesandro. “É preciso pensar diferente, buscar a expertise de quem está fora, porque o dia a dia nos consome e, infelizmente, não conseguimos abraçar tudo. A lei do Bem está aí para isso, para nos fazer crescer, nos destacar no mercado”, complementa o diretor financeiro da Smalticeram.