Indústrias e Universidade unem conhecimentos para delinear caminhos para o futuro do setor plástico

Encontro no Crio envolveu empresários e uma equipe de 24 profissionais e pesquisadores da Unesc em discussões sobre desafios e oportunidades do segmento responsável pela movimentação de quase R$ 1,5 bi/ano na região.

Com o objetivo de iniciar a construção do futuro das indústrias plásticas do Sul de Santa Catarina, a Unesc e o Sinplasc cumpriram, na manhã desta quarta-feira (9), mais uma etapa do desafio proposto no projeto Inova Sul: Transformando Setores. A jornada de conteúdo conduzida pela equipe da Universidade envolveu representantes de 22 empresas associadas ao sindicato, que imergiram em informações e dialogaram sobre desafios e oportunidades.

A dinâmica conduzida pela Agência de Inovação da Unesc incluiu uma apresentação robusta com dados sobre o cenário macroeconômico e social em que está inserido o segmento plástico da região. A pesquisa conduzida pelo Observatório de Desenvolvimento Socioeconômico e Inovação revelou números mundiais, nacionais e regionais que dimensionam a importância desse segmento em movimentação econômica, volumes produzidos, empregos gerados e o impacto da cadeia produtiva — da indústria à reciclagem.

Dotados das informações, os representantes das empresas foram divididos em grupos para dialogar sobre as percepções de futuro e os pontos prioritários para se pensar em ações e buscar inovações. Os eixos definidos para serem elaborados foram: legislação, talentos, sustentabilidade, competitividade e novas tecnologias. Todas as anotações das equipes serão retrabalhadas nas próximas semanas e sistematizadas pelos técnicos e cientistas do Observatório. Para ampliar o escopo do diagnóstico, profissionais da Agência de Inovação da Unesc visitarão cada associado do Sinplasc para conhecer as necessidades individuais relacionadas a P&D e inovação.

Todo o arcabouço de informações, pontua a pró-reitora de Pós-Graduação, Pesquisa e Inovação da Unesc, Gisele Coelho Lopes, será fundamental para apontar caminhos de inovação que vão transformar a indústria plástica da região. “O polo plástico da nossa região está entre os mais importantes para a economia das nossas cidades e movimenta, além da indústria, uma ampla cadeia produtiva. O diálogo com a Universidade e a riqueza de dados levantados dará subsídios para envolver mais adiante os pesquisadores que vão apontar oportunidades de inovações frente aos desafios vivenciados na atualidade”, acredita.

Segundo dados levantados pelo Observatório de Desenvolvimento Socioeconômico e Inovação da Unesc, as indústrias plásticas da Região Carbonífera movimentam R$ 1,5 bilhão por ano, ficando atrás somente do Norte do Estado em valor adicionado. O montante abrange as indústrias de todos os materiais plásticos. As fabricantes de Criciúma e região, juntas, empregam mais de 6 mil pessoas.

“Nas dinâmicas da manhã, conhecemos muitas tendências e desafios que o setor já percebia e alguns cenários ficaram mais desenhados e definidos. Esse olhar para a mesma direção é muito importante para nós. Atuando em sinergia nesse trabalho coletivo, teremos mais condições de enfrentar os desafios e aproveitar a janela de oportunidades que serão mapeadas pela equipe da universidade”, destacou o diretor executivo do Sinplasc, Elias Caetano.

O projeto junto ao Sindicato das Indústrias Plásticas de Criciúma e Região, que reúne 49 empresas responsáveis por 80% do volume transformado na sua área de abrangência, envolve 24 profissionais e pesquisadores da Unesc. “Em novembro, teremos um novo encontro com o fechamento do trabalho de pesquisa, apontando caminhos para questões como quais as oportunidades e potencialidades, qual o futuro almejado e os desafios do setor. Será um grande diagnóstico que vai indicar caminhos possíveis para assegurar a competitividade e a longevidade do setor com o viés sustentável”, relata a gerente da Agência de Inovação da Unesc, Elenice Engel.

Alfa Comunicação e Conteúdo

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