Com patamares inferiores aos registados nos últimos quatro anos, a taxa básica de juros no Brasil sinaliza para uma reação da economia. O impacto positivo do cenário de 13% ao ano transformado nos últimos meses até os atuais 7,5% da SELIC é sentido nas instituições financeiras, como a Unicred Sul Catarinense. Os índices mais favoráveis fizeram a cooperativa elevar o número de operações de crédito nos últimos meses.
O ânimo gerado pela queda da taxa de rendimentos aplicados sobre valores emprestados impactam na região. No caso específico do âmbito da Unicred Sul Catarinense, os reflexos vem acontecendo antes do restante do mercado em virtude da instituição antecipar as reduções projetadas para os cooperados.
“Nós estamos constantemente mapeando os índices e as tendências para o futuro. Nossa política de baixar juros antes mesmo do restante dos bancos está alinhado com a vocação do sistema cooperativista de oferecer as condições para os recursos viabilizarem os sonhos e projetos de todos os cooperados”, explica o assessor de negócios da Unicred Sul Catarinense, Otávio Aparecido Feltrin.
Entre os serviços onde a consequência da queda dos juros mais aparece está o financiamento de veículos. Dentro da Unicred Sul Catarinense, somente para este fim foram investidos cerca de R$ 6 milhões no último trimestre. O período apresentou uma alta de 52% em valores e 30% em quantidade de operações, se comparado ao trimestre anterior. “O reflexo desse ânimo para novos investimentos, em especial no sistema cooperativista, se dá na economia regional. Incremento que sinaliza uma recuperação do panorama brasileiro e local de forma antecipada”, frisa o diretor executivo da Unicred Sul Catarinense, Marcelo Lima.
De janeiro a novembro deste ano, além dos financiamentos de veículos, nos quais a redução somou 21,14%, a antecipação de recebíveis também tem oferecido condições cada vez mais favoráveis. Esta modalidade de crédito teve baixa de 15,79% nos últimos 11 meses. “São reduções bem expressivas, sobretudo em comparação com o comportamento do mercado nos últimos anos”, afirma Feltrin.