Gerar inovação, aprimorar processos e pôr em prática projetos que fomentem novos negócios fazem parte da lista de desejos comuns de empresas que querem crescer. E em Criciúma, mais de 20 empresas já encontraram o ambiente adequado para esse crescimento por meio do Cobusiness, um programa de inovação corporativa da Satc, que alia indústria e universidade em busca de soluções práticas para os negócios.
Foi por meio da parceria que a Imbralit, empresa que completou 50 anos em 2024, inovou no setor em que já é referência. No Cobusiness há dois anos, a empresa desenvolveu um produto novo que vem ganhando o mercado. “Somos referência no mercado e isso não nos acomoda, pelo contrário. Estamos sempre buscando melhorias, inovações, e produtos com ainda mais qualidade. E foi nessa parceria com o Cobusiness que conseguimos desenvolver a Imbrafort, uma telha que utiliza nanopartículas pozolânicas e que tem resistência superior, durabilidade maior, maior espessura e dupla impermeabilização”, conta Camila Gaspodini Tachinski, Coordenadora de Qualidade e P&D da Imbralit.
Além da telha Imbrafort, a empresa está desenvolvendo e analisando novas ideias no Cobusiness, unindo o lançamento de produtos inovadores ao aprimoramento de tecnologias nos produtos atuais.
“A parceria entre a indústria e a academia é fundamental para o desenvolvimento de soluções inovadoras e relevantes. Além disso, essa colaboração nos permitiu implantar uma metodologia robusta de desenvolvimento de projetos, denominada Jornada de Desenvolvimento e Execução. Essa jornada é composta por seis etapas estratégicas, abrangendo desde a validação da ideia proposta até o estudo de escala, garantindo assim um processo de desenvolvimento sistemático e eficaz”, destaca Camila.
Desde a implantação do Cobusiness, em 2021, mais de 2500 ideias já foram geradas. Segundo Pâmela Milak, gerente de PD&I e Consultorias, o Cobusiness é um modelo de sucesso tanto para a Universidade quanto para a Indústria. “Aqui é uma grande oportunidade para as empresas desenvolverem talentos, cultura de inovação e gerar novos negócios ou melhorias internas. É um modelo de sucesso porque atua dentro do planejamento estratégico da empresa junto com várias frentes que garantem a perenidade dos processos. Hoje, o Cobusiness já agrega mais de 20 empresas que faturam juntas R$ 12 bilhões ao ano. Esses números demonstram a relevância e a autoridade que o programa oferece a elas”, aponta Pâmela.
Outra grande indústria da região que desenvolve projetos com o Cobusiness é a La Moda. A empresa buscou o programa por uma iniciativa estratégica visando inovação. “Atualmente, estamos desenvolvendo um aplicativo de avaliação de produtos que visa aprimorar a nossa relação com os clientes. Esse aplicativo permite que possamos nos conectar de maneira mais direta e eficiente com o público, entendendo suas necessidades de forma mais assertiva. O objetivo é estreitar o caminho com nossos clientes, proporcionando um feedback valioso que nos ajude a ajustar nossos produtos e serviços, garantindo a satisfação e a confiança no nosso trabalho”, detalha Alexandre Buratto, coordenador de sistemas da La Moda.
Modelo gera ideias e as acompanha até o fim da execução
Ao longo dos dois anos de atividades, muitas empresas já chegaram ao Cobusiness com ideias definidas. Outras, no entanto, procuram o programa porque querem inovar, mas ainda não sabem o caminho a seguir.
“As equipes nas empresas estão muito ocupadas com o dia a dia, daquilo que precisa ser feito. Então, o diferencial aqui é que nós acompanhamos o nascimento da ideia, o estudo de viabilidade financeira e depois toda a execução para garantir que a empresa atinja seus objetivos. Claro que algumas ideias dão certo, outras não. Mas com a metodologia própria da Satc, um time de analistas altamente qualificados, os acadêmicos atuando para desenvolver os projetos e com o acompanhamento da empresa, garantimos um resultado muito positivo e relevante”, destaca Pâmela Milak, gerente de PD&I e Consultorias do Cobusiness.
Para a La Moda, a parceria entre a indústria e a universidade tem se mostrado extremamente positiva no projeto do aplicativo que está em fase de conclusão e deve entrar em testes nos próximos meses. “Além de contarmos com um apoio fundamental na geração de ideias e no rompimento de barreiras, a colaboração com a SATC tem nos permitido trabalhar com profissionais altamente qualificados. A universidade tem sido um verdadeiro braço forte no desenvolvimento do nosso aplicativo, proporcionando não só conhecimento técnico, mas também uma abordagem inovadora e colaborativa, que tem sido essencial para o sucesso dessa iniciativa”, destaca Alexandre Buratto.
Para a Imbralit, a troca de experiências tem sido enriquecedora. “Para garantir que nossos esforços estejam alinhados com o planejamento estratégico da empresa, também envolvemos a diretoria nesse processo. Isso nos permite desenvolver soluções que atendam às necessidades reais da empresa. É notável a sintonia e o comprometimento de todos os envolvidos, que participam ativamente das apresentações de entrega. Essa colaboração contribui significativamente para o alinhamento de expectativas e a obtenção de resultados mais eficazes”, avalia Camila.
Oportunidade de novos negócios e desenvolvimento de talentos
Ao se integrarem no programa, as empresas ainda ampliam a rede de contatos e os canais de geração de negócios.
“Quem participa do Cobusiness não se conecta somente com a Satc, mas sim com todo um ecossistema internacional, faz conexões com outras empresas e com mais de 25 startups. Por isso acaba sendo ainda mais vantajoso e positivo, fomentando negócios entre os próprios integrantes do programa que acabam trabalhando juntos”, ressalta Pâmela Milak, gerente de PD&I e Consultorias do Cobusiness.
Outra das principais vantagens, segundo Pâmela Milak, é o desenvolvimento de talentos e recursos humanos oportunizado às empresas participantes. “Aqui há oportunidade de os líderes de projeto, independentemente de sua área de origem, transitarem por diversos setores da empresa, sempre contando com o apoio da equipe técnica. Isso não apenas permite que a empresa dissemine e fortaleça sua cultura de inovação, mas também proporciona aos colaboradores uma aprendizagem significativa em outras áreas. Um exemplo disso foi a entrega recente de um novo produto, liderada por um profissional da controladoria. Além disso, todos os envolvidos no processo são capacitados como Analistas de Inovação pela SATC, o que reforça ainda mais o nosso compromisso com o desenvolvimento contínuo dos nossos talentos”, avalia.
Atualmente, o Cobusiness Satc atende empresas e grupos econômicos de segmentos variados que atuam com produtos ou serviços. “Aqui geramos juntos ideias valiosas, tanto do ponto de vista financeiro quanto da inovação e do desenvolvimento profissional de todos os atores envolvidos no processo”, acrescenta Pâmela.