Aos 48 anos de idade, Valdineia Cardoso dos Santos se sente realizada profissionalmente. Quando alguém pergunta com o que ela trabalha, a moradora de Araranguá, no Sul Catarinense, tem orgulho de dizer que é proprietária da KWHE Confecções. A empresa é referência na fabricação de uniformes e jalecos e tem, constantemente, um fluxo intenso de trabalho e alta procura de clientes.
Mas nem sempre foi assim. A história da empresa começou em 2012, quando Valdineia resolveu apostar no talento que tinha para a costura e investir no próprio negócio. “No início, como tudo era muito difícil, eu comecei trabalhando como facção, prestando serviço para outras empresas. Mas o meu sonho era ser dona do meu próprio negócio”, lembra a costureira.
Além de prestar serviço para outras empresas, Valdineia também atendia o público em geral fazendo pequenos ajustes em peças de roupa. “Mas o que eu queria mesmo era ter minha própria empresa. Trabalhava muito, mas sozinha eu não conseguia ir pra frente”, conta.
Foi quando Thaís, uma grande amiga de Valdineia, apresentou uma solução. Agente de Crédito da Credisol Microcrédito, Thais fez um convite para um curso sobre empreendedorismo e organização financeira. Logo, Valdineia teve acesso a crédito para tirar o sonho do papel.
“Por meio da Credisol, eu tive a oportunidade de adquirir máquinas de costura e matéria-prima para estar alavancando o meu negócio. E hoje eu trabalho por conta própria. Eu fabrico roupas de uniformes, jalecos, enxoval de bebê, pijamas adulto e infantil e ainda faço reforma de roupas. Mas foi através do microcrédito da Credisol que eu consegui realizar o meu sonho, alavancar meu trabalho e crescer nos negócios”, comemora Valdineia.
Microcrédito para fomentar emprego e renda
Assim como Valdineia, milhares de pessoas em mais de 500 cidades do Brasil também puderam tirar sonhos do papel. E foi assim, com histórias de pessoas simples e trabalhadoras, que a Credisol, uma Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (Oscip) chegou à marca de 100 milhões de reais de carteira ativa, até maio deste ano.
“Em todo o ano de 2023, concedemos 95 milhões em crédito. E neste ano, somente no primeiro semestre quase alcançamos o valor anterior. Comemoramos isso porque a nossa missão de levar o microcrédito onde ainda não existe, melhorar a vida das pessoas e tirá-las da informalidade tem sido alcançada”, avalia Luiz José Damázio, presidente da Credisol.
Para o diretor executivo da Credisol, Júlio Burigo, oportunizar geração de renda e emprego promove crescimento e desenvolvimento em toda comunidade ao redor. “É gratificante conhecer histórias de pessoas que, às vezes, sequer se sentiam à vontade para ir num banco pedir crédito, e hoje são donas do próprio negócio e têm suas vidas transformadas. Nossas ações fomentaram mais de 16 mil empregos somente em 2023”, celebra.
Microcrédito até para quem ainda trabalha na informalidade
Segundo dados da Credisol, 83% dos clientes que tiveram acesso ao microcrédito, não tem ensino médio completo. Mais da metade (55%) são mulheres. Além disso, 60% do público que chega aos pontos de atendimento ainda trabalha na informalidade. “A maioria do nosso público é jovem, entre 31 e 40 anos de idade e o valor é requerido para atuação nas áreas de serviço, comércio, indústria e agricultura”, revela o presidente.
A média de crédito requerido na Credisol é de 7 mil reais e, no geral, o valor é pago em 14 meses. “Nós criamos um laço com aquela pessoa que chega em busca de crédito. Porque ela conta sua história, seus sonhos, vê que existe possibilidade de crescer e que estamos dispostos a orientá-la. E na maioria dos casos, a pessoa termina de quitar o crédito e volta para uma nova operação para fazer seu negócio crescer ainda mais”, conta Júlio Burigo, diretor executivo.
Além de crédito para quem precisa, ações sociais para apoiar entidades do terceiro setor
Ao longo de 25 anos de atividades, a Credisol já auxiliou e investiu em diversas ações sociais e em educação empreendedora. Em Criciúma, por exemplo, a parceria com a Cruz Vermelha produziu, nos últimos meses, mais de dez mil fraldas, com patrocínio total da OSCIP.
Com o Bairro da Juventude, já foram promovidos nove cursos atendendo mais de 170 alunos. Na Unesc, um curso para Cuidador de Idoso focou na qualidade de vida da população mais vulnerável ao mesmo tempo em que investiu na formação de quem cuida de outra pessoa. Na Abadeus, um curso de costura auxiliou dezenas de pessoas e fez com que quatro participantes já pudessem abrir seus próprios negócios com registro de Microempreendedor Individual (MEI).
“Nós somos uma organização social, sem fins lucrativos, responsável por facilitar o acesso ao crédito para empreendedores populares com o objetivo de criar e manter postos de trabalho. Recentemente, a Credisol obteve um reconhecimento internacional, pelo impacto social que promove em mais de 500 cidades brasileiras. Comemorar o crescimento dos números é comemorar a transformação de vidas como a da Valdineia, e temos muito orgulho disso”, destaca Luiz José Damázio, presidente da Credisol.
Sobre a Credisol
Fundada em 1999 com apoio do Badesc e do Sebrae, a Credisol é uma instituição de crédito solidário que facilita o acesso ao microcrédito para microempreendedores, promovendo desenvolvimento econômico e social. Habilitada como OSCIP de microcrédito pelo Ministério da Justiça e integrante do Programa Nacional de Microcrédito Produtivo e Orientado (PNMPO) do Ministério da Economia, se destaca por oferecer financiamento e orientação técnica gratuita para planejamento e gestão financeira, contribuindo para a sustentabilidade e crescimento dos negócios que apoia.
Operando em mais de 500 municípios em nove Estados brasileiros, a Credisol é comprometida com a transformação das vidas dos empreendedores e de suas comunidades. Cada história de sucesso dos clientes reflete o impacto positivo da instituição, que vai além do crédito para se tornar um verdadeiro parceiro no progresso dos pequenos negócios e na promoção de um futuro mais próspero e justo.