Mini torno para madeira, suporte móvel e vestimenta de amianto. Essas são algumas das ideias inovadoras apresentadas ao público nesta terça-feira (18/10), durante o primeiro dia de Feira da Inovação, atividade inserida na 7ª Semana de Ciência e Tecnologia da Unesc (Universidade do Extremo Sul Catarinense). Estimular a visão crítica e curiosa da comunidade e também trazer soluções práticas para o cotidiano são os objetivos principais da feira, segundo a assessora acadêmica da Pró-reitoria de Pós-Graduação, Pesquisa e Extensão da instituição, Gisele Coelho. “Entendemos tecnologia como boas ideias para solucionar algum problema do cotidiano, ou seja, esses trabalhos apresentados buscam melhorar e transformar a sociedade de alguma forma”, afirma.
Reduzir lixo nos depósitos de matéria-prima e até em casa foi a motivação do Forno Fundador de Alumínio, uma das boas ideias apresentadas pela categoria Escolas e Cursos Técnicos. “É um equipamento barato que derrete alumínio, desde latinhas até barras e placas, podendo derreter até 30 litros nesse formato. Após isso, podemos transformá-los em peças e ferramentas”, explica um dos idealizadores do projeto, o aluno do Bairro da Juventude, Luan de Jesus da Silva.
Conforme Gisele, todos podem se tornar cientistas e empreendedores do cotidiano, basta observar o ambiente sob o ponto de vista da curiosidade e inconformismo. “O incomodado explora. Ele está sensível ao ambiente e percebe que muita coisa pode ser desenvolvida”, explica. E despertar e incentivar o nascimento de novos cientistas é uma das motivações da atividade apoiada pela Unesc, através da Semana de Ciência e Tecnologia. “A sociedade precisa estimular e apoiar essas iniciativas para que esse
olhar crítico e empreendedor seja provocado e despertado ainda nas escolas. Só assim oportunizaremos o surgimento de novos talentos e, claro, de uma sociedade melhor. É isso que a Unesc busca constantemente como produtora de conhecimento”, destaca ela.
Também na categoria Escolas, outra solução que chamou atenção do público foi o Mini Fogão a Álcool. A ideia, segundo o idealizador do equipamento, o estudante do Bairro da Juventude, Lucas Cardoso, surgiu ainda na infância. “Como eu e meu pai íamos pescar e ao meio dia o almoço estava gelado, surgiu a ideia de cortar uma latinha ao meio e improvisar um pequeno fogareiro movido a álcool”, explica. Entre os benefícios do Mini Fogão a Álcool estão a facilidade de locomoção, o baixo custo de investimento e a maior retenção de calor, por conta do combustível utilizado. “Uma latinha cheia de álcool aquece durante uma hora esse fogão”, complementa Cardoso.
A terceira edição da Feira da Inovação está dividida em quatro categorias: Escolas e Cursos Técnicos; Universidades; Empresas e Comunidade e ocorre até esta quinta-feira (20/10) em todos os períodos do dia, na tenda principal da Semana de Ciência e Tecnologia da Unesc (que encerra nesta sexta-feira (21/10) no campus da Universidade).